Dia 01 de setembro de 2001 me mudei para N.Y. Dia 11 de Setembro de 2001, acordo com um avião atingindo a primeira torre. Da minha janela, chocada com a cena e acompanhando a torre em chamas, assisto, inesperadamente, a entrada do segundo avião… Um dia maravilhoso, temperatura perfeita, céu azul, e eu, de ainda aprendendo as curtições de moradora da ilha, passei a estar no meio de uma grande tragédia. Inacreditável!
Milhares de pessoas nas ruas. Umas sem palavras, outras gritando, outras em seus telefones tentando ter certeza de que seus conhecidos estariam bem, outras chorando - mas todas em choque. Parecia um filme, difícil acreditar que aquilo estava acontecendo...E mais difícil ainda, acreditar que eu estava tão próxima de tudo isso.
Assistir a torre desabar, sensação que não consigo descrever, lágrimas dos meus olhos expressaram minha angústia e pensamento para quem estava ali, e pernas fracas e tremendo expressaram meu medo. O som do predio desabar somado com intermináveis gritos de toda a cidade - basta fechar os olhos para escutá-los perfeitamente.
Após o atentado, na região que morava, coração do badalado Soho, fumaça, máscaras nos rostos, restaurantes fechados, ninguém nas ruas, trânsito proibido, e a necessidade de apresentar identidade e conta de luz para voltar para casa. Praças: choradeira, velas, familiares e amigos atrás de pessoas desaparecidas, bandeiras por todos os lados e um clima que NY nunca imaginou existir.
O emprego que eu viria a ter e estava em processo, tivera as contratações congeladas. Comecei, por tempo livre e a satisfação de ajudar, a voluntariar para uma idéia que arrecadaria dinheiro para um fundo de ajuda ao WTC. Hoje, o maior e mais impressionante arquivo de fotos relacionadas ao WTC. Tornei-me parte da direção de relações públicas e desenvolvimento internacional da galeria. Uma simples exposição, organizada por voluntários, que foi aberta como um gesto de caridade no Soho, se transformou na exposição de fotos mais vista da história, e acaba de lançar um livro. Das famosas Barnes & Nobles de NY ao “Book Review” do NY Times: “Here is New York – A Democracy of Photographs” - 864 paginas $ 49.95 (US).
Rodando o mundo, a exposição passa por: New York, NY/ Chicago/ Atlantic city/ Louisville, KY/ Troy, NY / Houston, TX / Marietta, OH/ Berlin, Germany / Stuttgart, Germany / Washington D.C. / San Diego, CA /Tampa/ FL /Chicago, IL /Boca Raton, FL/ Berlin / Dublin / Dresden / Dusseldorf / Zurich / London / Tokyo / Paris/ Lausanne…
São mais de 50.000 fotos vendidas e milhões de visitantes no site.
É louco ver a curiosidade e o envolvimento de todas as nacionalidades neste evento, contudo, vale lembrar, que foi uma tragédia que o mundo parou, e assitiu ao vivo a cada minuto.
No Brasil, obtivemos apoio do secretário da cultura de São Paulo, Marcos Mendonça, e também espaço cedido pelo MUSEU DO IMAGINÁRIO DO POVO BRASILEIRO - antigo DOPS, porém ainda nos falta patrocinador.
Aqui, continuo a cada dia conhecendo o detalhe da história individual de cada um, o que coloca ainda mais peso ao todo. São histórias comoventes que nos faz valorizar, ter as pessoas amadas por perto, e nos mostra o quão vulnerável a vida é.
E quanto ao ocorrido, um ano se passou. O sofrimento de quem perdeu pessoas queridas, já esta melhor. No mundo, a lembrança do que cada um passou, sentiu e viveu naquele dia, vão viver para sempre.
Fernanda M. Suplicy
Set/ 2002
Esportes outdoor.... Sempre a melhor opção...
Bicicleta e patins...
Always good! New York sempre chama para um cineminha. Porque? Vários motivos. Para quem mora em um daqueles apartamentos “caixa de sapato”, para respirar. Pelo vazio que surge as vezes de morar sozinho, é só ver o mais perto de casa e o vazio some com o maravilhoso entretenimento que é o cinema (AMO IR AO CINEMA!). Para casais, evita a “falta de programação” e para não surgir a pergunta “o que vamos fazer hoje?”, o cinema já é logo sugerido, e cá entre nós, delícia de programa. Não precisa de ninguém, mas pode ser uma desculpa para encontrar uma boa amiga, "triiim, triiim, oi, estava pensando em pegar um cineminha, não quer vir comigo?". Para dias gelados, uma sessão atras da outra com um único ingresso, atualiza todos os filmes novos, e ainda não passa frio. No calor de matar, huuum, nada melhor que horas dentro do ar condicionado, cada minuto que não seja andando e suando no verão de lá (bem pior que o nosso. Quem já pegou, sabe.), muuuito valor! Um lançamento atras do outro. E fora isso, não precisa de desculpa alguma, cinema sempre encaixa.
PS – Dias bons... Lá, acho que quase todos, mas tem uma dica que ninguém imaginaria, é ótimo aos domingos também (mais um detalhe: as 4 am fecha). PANGEA - 417 LAFAYETTE STREET
JEWEL BAKO: Pequenino restaurante com decoração charmosa em bambus. Com apenas 24 lugares sentados, oferece tratamento especialíssimo dos donos. Marido e mulher de extrema simpatia, e clareza de que amam o que fazem. Os próprios irão a sua mesa, explicarão o que for necessário (sabem tudo), e lhe darão uma atenção, que fará você voltar, para repetir a dose, afinal, se sentiu tão especial.... Quer acertar muito? Huuum! Pede o menu degustação. É maravilhoso! …mas como pré avisado, vai doer no bolso (deve amar mesmo a culinária japonesa). Uma Champanhe...? Para quem entende, sabe que é a melhor combinação recomendada ao sushi. Isso mesmo! Vem antes mesmo do saquê. Enjoy...
LE PAIN QUOTIDIEN do Soho. Pé direito alto, música clássica, pães maravilhosos, iluminação adequada, mesa comprida em madeira para dividir com outros clientes (o que faz parte do charme), e exelente atendimento.
De sobremesa (Soho tb.), vale uma passadinha pela bakery do BALTHAZAR (next door do Balthazar) e comer uma daquelas tortinhas maravilhosas (aconselho a de limão)
Aí, já atravesse a rua, e vá ver a loja do MOMA que é muito legal. Ahhh! Caso goste de loja de desing, vá ver a MOSS, que também vale muito a pena... Peças lindas e interessantes.
Jantar transado com gente bonita. Alguns drinks na espera fazem parte, e também tem seu astral e clima...(bem legal! Mas reserva ou então não sentará NUNCA):TAO
Japoneses que come-se muito bem, mas um tanto quanto caros... : NOBU, BOND… 
Bar que vale tomar ao menos um drink para conhecer: HUDSON HOTEL (maravilhoso projeto do Philippe Starck).
Domingo... Brunch no FELIX (West Broadway). Bagunça, espera, ...muito animado e sem pressa para sentar, ou ir embora…
Arte, galerias, exposições... Eu diria para consultar uma Time out ou New Yorker, pois sempre tem novidades! Cultura nessa cidade não falta.
Hamburger, tem que experimentar o CORNER BISTRO. Pub americano de sucesso, hamburger saboroso e barato. Nao se assuste! Grande chance de chegar e dar de cara com uma fila Indiana de espera, normal. Aguarde e peça sua cerveja no bar enquanto bate papo na fila. Vale a pena!
Saudades de casa? “CASA – Regional brazilian home cooking”. Para mim, …deu vontade de um arroz e feijão, é para lá que eu vou (72 Bedford). Tem uma feijoadinha deliciosa, pão quentinho com manteiga, mandioquinha frita, huuuum…, até um pão de queijo encontra-se… Tudo que um bom brasileiro aprecia. Além de ter uma decoração que faz parecer a sua sala de jantar mesmo… Vai jantar lá em casa!
Berta Alloway, em 1993 criou as segundas-feiras de jam session. Aqui no ano de 2002 fui conferir (dica de um amiga descolada de NY). Sempre há um grande músico no comando welcoming, e dando espaço a todos os novos talentos. Tudo é tao natural e “caseiro” que é o maximo. Agora esse é para quem gosta de jazz mesmo. O lugar é super simples e nada de gente bonita, é o povo do harlem e amantes do jazz. Não há nem cardápio. Uma das vezes que estava por lá, fiquei com fome, pedi o cardápio (para a garçonete que é sempre a mesma e a única, uma gordinha mais velha simpática), ela apenas me perguntou “Você esta com fome minha querida?”, eu disse “sim”, minutos depois me traz um prato com uma espécie de farofa e frango e não cobrou nada. Tudo em família! …ST. NICK’S PUB
faz parte do cenário de NY, oferece café para todo e qualquer gosto, é a salvação do inverno, o break da caminhada, e ainda se adapta ao verão...
Dia 01 de setembro de 2001 me mudei para N.Y. Dia 11 de Setembro de 2001, acordo com um avião atingindo a primeira torre. Da minha janela, chocada com a cena e acompanhando a torre em chamas, assisto, inesperadamente, a entrada do segundo avião… Um dia maravilhoso, temperatura perfeita, céu azul, e eu, de ainda aprendendo as curtições de moradora da ilha, passei a estar no meio de uma grande tragédia. Inacreditável!
